Gramínea perene de hábito prostrado, podendo as ramificações tornarem-se ascendentes. Desenvolvese espontaneamente em todo o País, ocupando margens de rodovias, terrenos baldios ou então inserida em meio à pastagem cultivada. Ocorre com frequência em áreas olerícolas, a exemplo das culturas da batata e cebola. Ocorre ainda em pomares de laranja, quadras de maracujá e cultivos de uva. Forma compostos alelopáticos que inibem o desenvolvimento do pepino e do tomate. Consta da IN-DAS/ MAPA 36/2010, que estabelece os requisitos fitossanitários para importação de sementes destinadas à propagação. A infestação em campo pode ser inibida por meio do quebra-pedra-rasteiro, Euphorbia prostrata. Fornece pólen e néctar para abelhas durante os períodos de inverno e primavera. Utilizada às vezes como gramado em jardins. Recomendada para estabilizar o solo em aterros de cortes, para tanto, indica-se iniciar a revegetação usando placas da grama retiradas das imediações.
Apresenta colmos levemente achatados e amplamente ramificados, associados a estolões e caule rizomatoso, ambos também com ramificações abundantes. Todos com capacidade de enraizar e formar partes aéreas. Folhas com bainha em fenda aberta, pigmentada de vermelho e estriada, lígula membranácea com tufo de pelos brancos e sedosos, dispostos lateralmente. Lâmina lanceolada com as faces glabras, base levemente auriculada, margens inteiras. Inflorescência terminal do tipo panícula, constituída em média por 5 espigas dispostas em um verticílio. Espigas com numerosas espiguetas inseridas em apenas um dos lados do eixo. Assemelha-se com C. plectostachyus, o qual apresenta folhas mais longas e panícula também verticilada, contendo maior número de espigas. Fruto do tipo cariopse. Propaga-se mais facilmente a partir da fragmentação dos estolões e rizoma.
É uma das plantas invasoras mais espalhadas no mundo, estando em cerca de 100 países. No Brasil é encontrada em lavouras anuais e pomares, sendo considerada invasora de difícil controle. Uma planta pode produzir até 5 metros de rizoma em 80 dias. Os rizomas concentram-se na camada arável do solo (0-20 cm), mas podem chegar até 80 cm de profundidade. É hospedeiro de nematóides dos gêneros Meloidogyne e Pratylenchus, de fungos e vírus.
Descrição:
Esta espécie é uma das gramíneas mais temíveis como invasora em 80 países, por ser de difícil erradicação uma vez estabelecida. É infestante em lavouras de algodão, arroz de sequeiro, arroz irrigado, café, cana-de-açúcar, feijão, frutíferas, fumo, mamona, mandioca, milho, pastagem, soja e amendoim. São invasoras também de beira de estradas e terrenos baldios, além de servirem de abrigo para nematóides como Meloidogyne spp, Pratylenchus spp, entre outros. Pode abrigar ainda, virus como os causadores das doenças do mosaico do nanismo amarelo da cevada e do mosaico listrado do arroz. Como forrageira, em condições de murchamento, produz ácido hidrociânico, de propriedade muito tóxica. O pólen é alergênico aos humanos, sendo que em regiões dos EUA é comum pessoas apresentarem "febre do feno", causada pelo pólen. Esta espécie também é encontrada em canais de irrigação e drenagem. Forrageira de bom valor nutritivo e palatável ao gado, permite vários cortes por ano. também é utilizada na produçãode feno. Indica solos fracos e muito compactados. Apresenta sementes que são permitidas junto às sementes comercializadas dentro de certos limites máximos especificados por atos oficiais.
Regioes:
Sul
Sudeste
Norte
Nordeste
Centro-Oeste