INSTRUÇÕES DE USO:
BORNEO é um acaricida com excelente ação sobre os ácaros dos gêneros Brevipalpus, Oligonychus e Tetranychus. O modo de ação do BORNEO é de contato e ação translaminar, atua principalmente como ovicida, e no caso de larvas e ninfas atua inibindo o processo normal de mudança dos estádios dos ácaros, impedindo que as formas jovens se tornem adultos. BORNEO apresenta efeito esterilizante, ou seja, as fêmeas que entrarem em contato com o BORNEO passam a colocar ovos inviáveis. BORNEO apresenta baixo efeito adverso aos insetos benéficos, podendo ser utilizado como ferramenta para o Manejo Integrado de Pragas (MIP) nas culturas.
CULTURAS | PRAGAS Nome comum (Nome científico) | Dose (Produto Comercial) | Volume de calda (L/ha) | Número de aplicações | Intervalo entre as aplicações (Em dias) | |
mL/100L água | mL/ha | |||||
ALGODÃO | Ácaro rajado (Tetranychus urticae) | - | 230 | Terrestre 250 - 300 Aérea 20 - 50 | 2 | 15 |
INÍCIO E ÉPOCA DE APLICAÇÃO: Realizar a aplicação quando se atingir o nível de controle (10% das plantas atacadas), quando forem constatadas a presença de ovos ou as primeiras “ninfas” nas folhas, devendo utilizar o volume de calda variando entre 250 a 300 litros/ha, dependendo da cultivar/variedade e o estágio de crescimento das plantas. Em condições de alta incidência da praga, quando houver infestação por ácaros adultos, além de ninfas e ovos, deve-se intercalar as aplicações com outros produtos adulticidas do programa de Manejo de Pragas, realizando no máximo 2 aplicações de BORNEO, por ciclo da cultura. | ||||||
CAFÉ | Ácaro-da-mancha- anular (Brevipalpus phoenicis) | - | 300 - 900 | Terrestre 600 Aérea 50 | 2 | 14 |
Ácaro-vermelho (Oligonychus ilicis) | ||||||
INÍCIO E ÉPOCA DE APLICAÇÃO: Iniciar as aplicações no início da infestação, quando forem constatadas a presença de ovos ou as primeiras “ninfas” nas folhas. Recomenda-se até 2 aplicações com intervalo de 14 dias, gastando-se 600 litros de calda/ha, dependendo do sistema de cultivo e estádio de desenvolvimento da cultura. Em condições de alta incidência da praga, quando houver infestação por ácaros adultos, além de ninfas e ovos, deve-se intercalar as aplicações com outros produtos adulticidas do programa de Manejo de Pragas, realizando no máximo 2 aplicações de BORNEO, por ciclo da cultura. | ||||||
CITROS | Ácaro da leprose (Brevipalpus phoenicis) | 45 | - | Terrestre 1800-2000 (5 – 10L planta) | 2 | 30 |
INÍCIO E ÉPOCA DE APLICAÇÃO: Realizar a aplicação quando atingir o nível de controle, quando forem constatadas a presença de ovos ou as primeiras “ninfas” nos frutos e/ou ramos, utilizando-se de 1.800 a 2.000 litros de volume de calda/ha, devendo-se gastar de 5 a 10 litros de calda/planta dependendo da variedade, do espaçamento de plantio e estádio de desenvolvimento das plantas. Em condições de alta incidência da praga, quando houver infestação por ácaros adultos, além de ninfas e ovos, deve-se intercalar as aplicações com outros produtos adulticidas do programa de Manejo de Pragas, realizando no máximo 2 aplicações de BORNEO, por ciclo da cultura. |
CULTURAS | PRAGAS Nome comum (Nome científico) | Dose (Produto Comercial) | Volume de calda (L/ha) | Número de aplicações | Intervalo entre as aplicações (Em dias) | |
mL/100L água | mL/ha | |||||
CRISÂNTEMO | Ácaro rajado (Tetranychus urticae) | 30 - 45 | - | Terrestre 1000-1600 | 2 | 7 |
INÍCIO E ÉPOCA DE APLICAÇÃO: Recomenda-se aplicar até 2 aplicações com intervalo de 7 dias, quando forem constatadas a presença de ovos ou as primeiras “ninfas” nas folhas, gastando-se de 1.000 a 1.600 litros de calda/ha, dependendo do sistema de cultivo e estádio de desenvolvimento da cultura. Em condições de alta incidência da praga, quando houver infestação por ácaros adultos, além de ninfas e ovos, deve-se intercalar as aplicações com outros produtos adulticidas do programa de Manejo de Pragas, realizando no máximo 2 aplicações de BORNEO, por ciclo da cultura. | ||||||
TOMATE | Ácaro rajado (Tetranychus urticae) | 25 | - | Terrestre 1000 | 2 | 7 |
INÍCIO E ÉPOCA DE APLICAÇÃO: Aplicar quando forem constatadas a presença de ovos ou as primeiras “ninfas” nas folhas, utilizando um volume de até 1.000 litros de calda/ha, dependendo do estádio de desenvolvimento das plantas. Em condições de alta incidência da praga, quando houver infestação por ácaros adultos, além de ninfas e ovos, deve-se intercalar as aplicações com outros produtos adulticidas do programa de Manejo de Pragas, realizando no máximo 2 aplicações de BORNEO, por ciclo da cultura. | ||||||
UVA | Ácaro rajado (Tetranychus urticae) | - | 300 - 700 | Terrestre 1000 | 2 | 14 |
INÍCIO E ÉPOCA DE APLICAÇÃO: Iniciar as aplicações no início da infestação, quando forem constatadas a presença de ovos ou as primeiras “ninfas”. Recomenda-se até 2 aplicações com intervalo de 14 dias, gastando-se de 1.000 litros de calda/ha, dependendo do sistema de cultivo e estádio de desenvolvimento da cultura. Em condições de alta incidência da praga, quando houver infestação por ácaros adultos, além de ninfas e ovos, deve-se intercalar as aplicações com outros produtos adulticidas do programa de Manejo de Pragas, realizando no máximo 2 aplicações de BORNEO, por ciclo da cultura. | ||||||
Nas culturas registradas, é importante observar o nível populacional de “adultos”, e se for alto, recomenda-se aplicar antes um produto que tenha ação sobre os adultos e logo em seguida aplicar o BORNEO. |
Cultura | Praga | Nome Cientifico | Modo de Aplicação |
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Algodão | Tetranychus urticae | Ácaro-rajado | Ver detalhes |
Café | Oligonychus ilicis | Ácaro-vermelho, Aranha-vermelha-do-cafeeiro | Ver detalhes |
Citros | Brevipalpus phoenicis | Ácaro-da-leprose, Ácaro-plano | Ver detalhes |
Crisântemo | Tetranychus urticae | Ácaro-rajado | Ver detalhes |
Tomate | Tetranychus urticae | Ácaro-rajado | Ver detalhes |
Uva | Tetranychus urticae | Ácaro-rajado | Ver detalhes |
Apesar de BORNEO ter ação translaminar, as pulverizações devem ser feitas de modo a atingir principalmente os ovos e formas jovens ou ninfas, na face inferior das folhas para se obter máxima performance no controle.
Utilize sempre tecnologia de aplicação que ofereça boa cobertura de gotas nas plantas.
O volume de calda deve ser adequado ao tipo do equipamento aplicador e poderá ser alterado considerando as especificações técnicas do mesmo.
Consulte sempre o Engenheiro Agrônomo responsável e siga as boas práticas para aplicação e as recomendações do fabricante do equipamento.
Ao preparar a calda, utilize os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) indicados para esse fim no item
“Dados Relativos à Proteção à Saúde Humana”.
Antes de preparar a calda, verifique se o equipamento de aplicação está limpo, bem conservado, regulado e em condições adequadas para realizar a pulverização sem causar riscos à cultura, ao aplicador e ao meio ambiente. Utilizar água de boa qualidade, livre de material em suspensão, a presença destes pode reduzir a eficácia do produto. Para melhor preparação da calda, deve-se abastecer o pulverizador com água em até 3/4 de sua capacidade. Ligar o agitador e adicionar o BORNEO de acordo com a dose recomendada para a cultura. Manter o agitador ligado, completar o volume de água do pulverizador e aplicar imediatamente na cultura.
Antes de qualquer aplicação, verifique se o equipamento está limpo, bem conservado, regulado e em condições adequadas para realizar a pulverização sem causar riscos à cultura, ao aplicador e ao meio ambiente.
O tanque de pulverização, bem como as mangueiras, filtros e bicos devem ser limpos para garantir que nenhum resíduo de produto de pulverização anterior permaneça no pulverizador.
Antes de aplicar BORNEO, o pulverizador deve ser limpo de acordo com as instruções do fabricante do último produto utilizado.
Aplicação Terrestre
Equipamento Costal
Equipamento estacionário manual (pistola): Utilizar pulverizador com pistola com gatilho de abertura e fechamento dotado de ponta de pulverização hidráulica, calibrar o equipamento para que a cada acionamento, do gatilho, a vazão seja constante. Manter velocidade de deslocamento constante modo que não se prejudique a condição da formação das gotas e mantenha o mesmo volume de calda em toda
a área tratada. Realizar movimentos uniformes com a pistola de evitando a concentração de calda em um único ponto gerando, assim, escorrimento e desperdício da calda.
Equipamento Tratorizado
As recomendações para aplicação poderão ser alteradas à critério do Engenheiro Agrônomo responsável, respeitando sempre a legislação vigente na região da aplicação e a especificação do equipamento e tecnologia de aplicação empregada.
Aplicação aérea
Realize a aplicação aérea com técnicas de redução de deriva (TRD) e utilização do conceito de boas práticas agrícolas, evitando sempre excessos de pressão e altura na aplicação. Siga as disposições constantes na legislação Municipal, Estadual e Federal concernentes às atividades aeroagrícolas e sempre consulte o Engenheiro Agrônomo responsável.
Utilizar somente aeronaves devidamente regulamentadas para tal finalidade e providas de barras apropriadas e que tenha capacidade técnica de fornecer dados do mapa de voo realizado. Regular o equipamento visando assegurar distribuição uniforme da calda e, boa cobertura do alvo desejado. Evitar a falha ou sobreposições entre as faixas de aplicação.
A definição dos equipamentos de pulverização aérea e dos parâmetros mais adequados à tecnologia de aplicação deverá ser feita com base nas condições específicas locais, sob a orientação de um engenheiro agrônomo.
As recomendações para aplicação poderão ser alteradas à critério do Engenheiro Agrônomo responsável, respeitando sempre a legislação vigente na região da aplicação e a especificação do equipamento e tecnologia de aplicação.
Deve-se observar as condições meteorológicas ideais para aplicação, tais como indicado abaixo.
Temperatura ambiente abaixo de 30°C.
Umidade relativa do ar acima de 50%.
Velocidade média do vento entre 3 e 10 km/hora. Para aplicação aérea, considerar as médias durante os tiros de aplicação, e não valores instantâneos.
Quando aplicando em condições de clima quente e seco, regule o equipamento para produzir gotas maiores para reduzir o efeito da evaporação.
Dentre os fatores meteorológicos, a umidade relativa do ar é o mais limitante, portanto deverá ser constantemente monitorada com termo-higrômetro.
O sistema de agitação da calda deverá ser mantido em funcionamento durante toda a aplicação. Fechar a saída da calda (seções de barra) do pulverizador durante as paradas e manobras do equipamento aplicador, de forma a evitar a sobreposição da aplicação.
Não permita que o produto atinja culturas vizinhas, áreas habitadas, leitos de rios e outras fontes de água, criações e áreas de preservação ambiental. O potencial de deriva é determinado pela interação de muitos fatores relativos ao equipamento de pulverização e condições meteorológicas (velocidade do vento, umidade e temperatura). Independentemente do equipamento utilizado, o tamanho das gotas é um dos fatores mais importantes para evitar a deriva, assim, aplicar com o maior tamanho de gota dentro do faixa de espectro recomendada, sem prejudicar a cobertura e eficiência.
O potencial de deriva aumenta com a velocidade do vento inferior a 3 km/h (devido ao potencial de inversão) ou maior que 10 km/h. No entanto, muitos fatores, incluindo o diâmetro de gotas e os tipos de equipamento determinam o potencial de deriva a uma dada velocidade do vento. Não aplicar se houver rajadas de ventos ou em condições sem vento.
O potencial de deriva é alto durante uma inversão térmica, das quais ocorrem quando a temperatura aumenta com a altitude, reduzindo o movimento vertical do ar. São comuns em noites sem nuvens e vento. Durante uma inversão térmica, pequenas gotas de água formam uma nuvem suspensa perto do solo, movendo-se lateralmente. Elas começam ao pôr do sol e podem durar até a manhã seguinte. A presença de neblina no solo indica uma inversão térmica, mas também é possível identificá-las pelo comportamento da fumaça. Se a fumaça se acumula em camadas e se move lateralmente, há uma inversão térmica, enquanto a fumaça dispersa rapidamente e sobe indica bom movimento vertical do ar.
A melhor estratégia de gerenciamento de deriva é aplicar o maior diâmetro de gotas possível dentro da faixa de espectro recomendada, para dar uma boa cobertura e controle. Leia as instruções sobre o gerenciamento adequado de deriva, bem como condições de Vento, Temperatura e Umidade e Inversão Térmica.
As recomendações para aplicação poderão ser alteradas à critério do Engenheiro Agrônomo responsável, respeitando sempre a legislação vigente na região da aplicação e a especificação do equipamento e tecnologia de aplicação empregada.
Imediatamente após a aplicação do produto, proceda a limpeza de todo equipamento utilizado. Adote todas as medidas de segurança necessárias durante a limpeza e utilize os equipamentos de proteção individual recomendados para este fim no item “Dados Relativos à Proteção da Saúde Humana”.
Não limpe equipamentos próximo à nascente, fontes de água ou plantas úteis. Descarte os resíduos da limpeza de acordo com a legislação Municipal, Estadual e Federal vigente na região da aplicação.
Algodão 14 dias
Café. 30 dias
Citros 14 dias
Crisântemo UNA
Tomate 1 dia
Uva. 10 dias
UNA = Uso Não Alimentar
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período utilize os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.