INSTRUÇÕES DE USO DO PRODUTO:
DIFLUCROP é um inseticida de ação por contato e ingestão do grupo químico Benzoiluréia apresentando formulação sob a forma de pó molhável.
É um inseticida fisiológico, cujo ingrediente ativo DIFLUBENZUROM atua interferindo na deposição de quitina presente na cutícula dos insetos. Após a ingestão de DIFLUCROP, as larvas têm dificuldade na ecdise. A cutícula malformada do novo instar não suporta a pressão interna durante a ecdise e/ou não consegue dar suficiente suporte aos músculos envolvidos. Isso resulta na incapacidade de liberar a exúvia e finalmente leva as larvas à morte. O produto não tem efeito sistêmico nas plantas e não penetra nos tecidos vegetais. Desta forma os insetos sugadores não são afetados, conferindo ao produto uma seletividade adicional entre os insetos.
CULTURAS, PRAGAS, DOSES, INTERVALO DE APLICAÇÃO:
CULTURA | PRAGAS CONTROLADAS | DOSES | VOLUME DE CALDA* | NÚMERO MÁXIMO DE APLICAÇÕES | ||
Nome Comum | Nome Científico | g/ha | g/100L d’água | |||
ALGODÃO | Curuquerê | Alabama argillacea | 60 | - | Terrestre: 150 L/ha Aérea: 15 a 20 L/ha | 3 |
ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO: Em regiões onde o Curuquerê ataca na fase inicial da cultura, efetuar duas aplicações sequenciais de 30g com intervalo de 10 dias. Nos demais casos, efetuar a aplicação no início da infestação e repetir, se necessário, realizando no máximo 3 aplicações com intervalos de 10 a 15 dias. | ||||||
CITROS | Bicho-furão | Ecdytolopha aurantiana | 500 | 25 | Terrestre: 2000 L/ha | 1 |
ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO: Efetuar o tratamento no início da infestação antes que a larva penetre no fruto. Efetuar no máximo 1 aplicação. | ||||||
MILHO | Lagarta-do - cartucho | Spodoptera frugiperda | 100 | 25 | Terrestre: 200 – 400 L/ha Aérea: 15 a 20 L/ha | 2 |
ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO: Efetuar amostragens selecionando 5 a 10 pontos de amostragem, considerando-se 100 plantas por cada ponto, contando-se o número de folhas raspadas. Quando ocorrer o início de sintomas de ataque, efetuar a aplicação com jato dirigido para o cartucho da planta. O tratamento deve ser efetuado antes que as lagartas penetrem no cartucho. Efetuar no máximo 2 aplicações com intervalos de 14 dias. | ||||||
SOJA | Lagarta-da-soja | Anticarsia gemmatalis | 30 - 60 | - | Terrestre: 150 L/ha Aérea: 15 a 20 L/ha | 2 |
ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO: Iniciar as aplicações no início do ataque da praga, quando as lagartas estiverem na fase jovem (1º e 2º instar). Efetuar no máximo 2 aplicações com intervalos de 14 dias. Caso a cultura encontre-se em estágios com alto grau de enfolhamento, utilizar 60 g/ha, reaplicando 15 a 20 dias após a primeira (caso necessário), sempre com lagartas jovens (1º e 2º instar), de acordo com o preconizado no manejo integrado de pragas. | ||||||
TOMATE | Traça–do- tomateiro | Tuta absoluta | 500 | 50 | Terrestre: 1000 L/ha | 2 |
Broca-grande-do- tomate | Helicoverpa zea | |||||
Broca-pequena-do -tomateiro | Neoleucinodes elegantalis | |||||
Traça-da-batatinha | Phthorimaea operculella | |||||
ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO: Efetuar o tratamento entre o começo do voo dos adultos e a oviposição. Efetuar no máximo 2 aplicações, com intervalos de 7 a 14 dias, evitando reinfestação. | ||||||
TRIGO | Lagarta-do-trigo | Pseudaletia sequax | 100 | - | Terrestre: 150 L/ha Aérea: 15 a 20 L/ha | 2 |
ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO: Efetuar a aplicação no início da infestação, realizando no máximo 2 aplicações com intervalos de 14 dias. | ||||||
Gafanhoto | Rhammatocerus spp | 100 | - | Terrestre: 150 – 200 L/ha Aérea: 15 a 20 L/ha | - | |
Rhammatocerus schistocercoides | ||||||
ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO: Efetuar o tratamento sobre os insetos na fase jovem (saltão) propiciando uma cobertura adequada inclusive das áreas subsequentes, observando-se o sentido de deslocamento da praga. |
*O volume indicado poderá ser alterado considerando as especificações técnicas do equipamento de aplicação ou a critério do Engenheiro Agrônomo responsável pela recomendação. A adição de adjuvante oleoso na dose de 0,5 L/ha nas aplicações aéreas tende
a melhorar a eficácia do produto.
DIFLUCROP não tem ação de choque, e a morte das pragas ocorre poucos dias após um tratamento. Por isso não se deve esperar que a infestação atinja o nível de controle.
Cultura | Praga | Nome Cientifico | Modo de Aplicação |
---|---|---|---|
Algodão | Alabama argillacea | Curuquerê, Curuquerê-do-algodoeiro | Ver detalhes |
Citros | Ecdytolopha aurantiana | Bicho-furão | Ver detalhes |
Milho | Spodoptera frugiperda | Lagarta-do-cartucho, Lagarta-militar | Ver detalhes |
Soja | Anticarsia gemmatalis | Lagarta-da-soja, Lagarta-desfolhadora | Ver detalhes |
Tomate | Phthorimaea operculella | Cegadeira, Traça-da-batatinha | Ver detalhes |
Trigo | Rhammatocerus schistocercoides | Gafanhoto | Ver detalhes |
MODO DE APLICAÇÃO:
DIFLUCROP deve ser misturado em água limpa e aplicado através de pulverização com equipamentos terrestres (manual ou motorizado, costal, estacionário ou tratorizado) ou aeronaves usando o volume de calda suficiente para dar cobertura uniforme e total da parte aérea das plantas, evitando-se o escorrimento do produto. A calda deve ser aplicada no mesmo dia da preparação, evitando-se deixar a mesma de um dia para o outro. Durante a preparação e aplicação, mantenha a calda sob agitação no tanque do pulverizador.
PULVERIZAÇÃO VIA TERRESTRE:
Recomendações gerais: Deve-se utilizar pulverizador costal ou de barra, com deslocamento montado, de arrasto ou autopropelido. A agitação no tanque do pulverizador deverá ser constante da preparação da calda até o término da aplicação, sem interrupção. Utilizar bicos ou pontas que produzam jato leque ou cônico vazio, visando à produção de gotas finas ou médias, para boa cobertura do alvo. Seguir a pressão de trabalho adequada para a produção do tamanho de gota ideal e o volume de aplicação desejado, conforme recomendações do fabricante da ponta ou do bico. Usar velocidade de aplicação que possibilite boa uniformidade de deposição das gotas com rendimento operacional. A altura da barra e o espaçamento entre os bicos deve permitir uma boa sobreposição dos jatos e cobertura uniforme na planta (caule, folhas e frutos), conforme recomendação do fabricante. Para volumes de aplicação fora da faixa ideal ou sob condições meteorológicas adversas, utilizar tecnologia(s) e técnica(s) de aplicação que garantam a qualidade da pulverização com baixa deriva. Consulte sempre um Engenheiro Agrônomo.
Recomendações específicas (Citros): Deve-se utilizar pulverizador turbo atomizador montado ou de arrasto, podendo-se utilizar pistola conectada ao pulverizador. Utilizar pontas que produzam jato cônico vazio, ou demais tecnologias de bicos que possibilitem a redução do volume de aplicação, visando à produção de gotas finas para a boa cobertura do alvo. Seguir a pressão de trabalho adequada para a produção do tamanho de gota ideal e o volume de aplicação desejado, conforme recomendações do fabricante da ponta ou do bico. Usar velocidade de aplicação que possibilite boa uniformidade de deposição das gotas com rendimento operacional. Ajustes no volume de ar produzido pela turbina podem ser necessários, dependendo do pulverizador, para que as gotas se depositem adequadamente no alvo, evitando problemas com deriva. A distância dos bicos até o alvo e o espaçamento entre os mesmos deve permitir uma boa sobreposição dos jatos e cobertura uniforme na planta (caule, folhas e frutos), conforme recomendação do fabricante. Caso o equipamento de pulverização proporcione cobertura adequada da cultura em seu pleno desenvolvimento com volumes menores que a faixa mínima recomendada, concentrar a calda de modo a respeitar a dose recomendada por hectare. Sob condições meteorológicas adversas, utilizar tecnologia(s) e técnica(s) de aplicação que garantam a qualidade da pulverização com baixa deriva. Consulte sempre um Engenheiro Agrônomo.
PULVERIZAÇÃO VIA AÉREA (algodão, milho, soja, trigo ou combate de gafanhotos):
A aplicação deve ser realizada somente por empresa especializada, sob orientação de um Engenheiro agrônomo. As mesmas recomendações gerais para “Pulverização Via Terrestre”, como tamanho de gotas, boa cobertura e uniformidade de deposição se aplicam nesta modalidade. Deve-se respeitar condições meteorológicas no momento da aplicação para que as perdas por deriva sejam minimizadas.
Condições climáticas:
Realizar as pulverizações quando as condições meteorológicas forem desfavoráveis à ocorrência de deriva, conforme abaixo:
Temperatura do ambiente: máxima de 30ºC
Umidade relativa do ar: igual ou superior a 55%
Velocidade do vento: de 2 a 10 Km/h. Se o vento estiver abaixo de 2 Km/h, não aplique o produto devido ao risco de inversão térmica.
Direção do vento: observe a direção do vento e evite aplicar quando este estiver no sentido de alguma cultura ou organismos sensíveis não-alvo, caso haja restrição nesta bula.
PREPARO DA CALDA:
Encher metade do tanque do pulverizador com água e adicionar DIFLUCROP, mantendo o misturador mecânico ou o retomo em funcionamento e completar o volume do tanque com água. A agitação de calda deve ser contínua durante o preparo da calda e durante a operação de aplicação da calda.
LAVAGEM DO EQUIPAMENTO DE APLICAÇÃO:
Antes da aplicação, verifique e inicie somente com o equipamento limpo e bem conservado. Imediatamente após a aplicação, proceda a uma completa limpeza de todo o equipamento para reduzir o risco da formação de depósitos sólidos que possam se tornar difíceis de serem removidos. O adiamento, mesmo por poucas horas, torna a limpeza mais difícil.
Com o equipamento de aplicação vazio, enxágüe completamente o pulverizador e faça circular água limpa pelas mangueiras, barras, bicos e difusores, removendo fisicamente, se necessário, os depósitos visíveis de produto. O material resultante desta operação deverá ser pulverizado na área tratada com o respectivo produto.
Complete o pulverizador com água limpa. Circule esta solução pelas mangueiras, barras, filtros e bicos. Desligue a barra e encha o tanque com água limpa. Circule pelo sistema de pulverização por 15 minutos. Circule então pela mangueiras, barras, filtros, bicos e difusores. Esvazie o tanque na área tratada com o respectivo produto.
Complete o pulverizador com água limpa. Circule esta solução pelas mangueiras, barras, filtros e bicos. Desligue a barra e encha o tanque com água limpa. Circule pelo sistema de pulverização por 15 minutos. Circule então pela mangueiras, barras, filtros, bicos e difusores. Esvazie o tanque evitando que este líquido atinja corpos d’água, nascentes ou plantas úteis.
Remova e limpe os bicos, filtros e difusores em um balde com a solução de limpeza.
Repita o passo 3.
Enxágüe completamente o pulverizador, mangueiras, barra, bicos e difusores com água limpa no mínimo 2 vezes.
Limpe tudo que for associado ao pulverizador, inclusive o material usado para o enchimento do
tanque. Tome todas as medidas de segurança necessárias durante a limpeza. Não limpe o equipamento perto de nascentes, fontes de água ou de plantas úteis. Descarte os resíduos da limpeza de acordo com a legislação Estadual ou Municipal.
INTERVALO DE SEGURANÇA:
Culturas | Intervalo de Segurança (dias) |
Algodão | 28 |
Citros | 30 |
Milho | 60 |
Soja | 21 |
Tomate | 4 |
Trigo | 30 |
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS:
Não entrar nas áreas tratadas sem o equipamento de proteção individual por um período mínimo de aproximadamente 24 horas ou até que a calda pulverizada nas plantas esteja seca. Caso haja necessidade de reentrar nas lavouras ou áreas tratadas antes desse período, usar os EPIs recomendados.