Descrição: A mancha amarela da folha do trigo é a mancha foliar mais importante desta cultura. Há aumento de intensidade da doença no sistema plantio direto com monocultura.
Danos: Os sintomas surgem logo após a emergência do trigo, quando da expansão da plúmula, em lavouras de plantio direto e monocultura. Surgem, inicialmente, pequenas manchas cloróticas nas folhas que, com o passar do tempo, expandem-se e apresentam a região central necrosada, de cor parda. Estas lesões são elípticas, podendo atingir 12 mm de comprimento e são circundadas por um halo amarelo. Conidióforos e conídios longos são formados no centro das manchas.
Controle: Recomendam-se tratamento de sementes com fungicidas protetores; rotação da cultura com ervilhaca, chicharo, nabo forrageiro, colza, linho, serradela e trevos; eliminação de plantas voluntárias; pulverização com triazóis sistêmicos, aplicados quando, a partir da elongação, a incidência nas folhas atingir o valor entre 70-80%. No Brasil, ainda não se dispõe de cultivares com resistência à mancha amarela da folha do trigo.
Descrição:
O fungo Drechslera tritici-repentis (Died) Shoemaker é o agente causal da mancha-amarela ou mancha-bronzeada-da-folha do trigo, que tem como sinônimos Helminthosporium tritici-repentis Died., H. tritici-vulgaris (Nisikado) e D. tritici-vulgaris (Nisikado) Ito, e o teleomorfo é Pyrenophora tritici-repentis (Died.) Drechsler, que, por sua vez, tem como sinônimo P. trichostoma (Fr.) Sacc. A mancha-amarela é considerada a doença foliar do trigo mais importante na América do Sul. Essa doença tem aumentado a sua intensidade por causa do uso do plantio direto e da monocultura nas lavouras. Pode ser uma doença séria por si só, mas também contribui para o complexo de manchas foliares do trigo. Este patógeno tem ampla distribuição mundial, existem registros de incidência na Austrália, Canadá, Estados Unidos e Nepal. No Brasil, a doença tem sido registrada nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Drechslera tritici-repentis é um patógeno graminícola, de amplo círculo de hospedeiros, existindo registros sobre os gêneros Agropyron, Agrostis, Arrhenatherum, Bromus, Calamagrostis, Cynodon, Dactylis, Elymus, Elytrigia, Panicum, Phalaris, Triticum, etc.