A verrugose dos citros, causada pelos fungos Elsinoe fawcetti e E. australis, se caracteriza por lesões salientes, corticosas e irregulares, usualmente com 1,0 a 3,0 mm de diâmetro, que podem estar agrupadas, cobrindo grande porção do fruto. Frutos novos de todas as variedades, bem como ramos e folhas novas de limões verdadeiros, laranja azeda e tanger murcote são afetados .
O controle dessa doença é recomendado quando a produção se destina ao mercado de frutas frescas e baseia-se no uso de fungicidas. A época de controle mais indicada é a da florada principal, quando 2/3 das pétalas tenham caído. Uma segunda aplicação é recomendada 4 a 6 semanas após a primeira.
Em relação ao controle da verrugose, diversos autores vêm demonstrando a possibilidade de diminuir a dosagem dos fungicidas recomendados
Descrição:
O fungo Elsinoe fawcettii Bitancourt et Jenkins, causador da verrugose-da-laranja-azeda, tem como anamorfo Sphaceloma fawcettii Jenkins. Esta doença é de grande importância devido à depreciação dos frutos para consumo "in natura", reduzindo o seu valor comercial. É igualmente importante pela sua contribuição para o aumento da severidade de uma outra doença, a "leprose", de origem viral, que é transmitida por ácaros que se protegem nas verrugas produzidas por E. fawcettii. Existem três patógenos diferentes dos gêneros Elsinoë e Sphaceloma que causam sarna nos citros; eles produzem a sarna dos citros ou sarna-da-laranja-azeda, a sarna-da-laranja-doce e a sarna-do-Tryon, sendo que a primeira é a mais comum e amplamente distribuída das três, enquanto que a sarna-da-laranja-doce está restrita à América do Sul, e a sarna-do-Tyron ocorre apenas sobre limão na Austrália. Elsinoe fawcettii é um fungo de ampla distribuição mundial, ocorrendo em quase todas as áreas com altos regimes de chuva. No Brasil, está presente em todas as regiões produtoras de citros. Esse patógeno ataca fundamentalmente plantas da família Rutaceae, existindo registros no Brasil sobre Citrus aurantifolia (lima-da-Pérsia), C. aurantium (laranja-azeda), C. australis (laranja), C. limonia (limão-cravo) e C. paradisi (pomelo).