Descrição: A mancha barrenta, relatada pela primeira vez em São Paulo em 1961, no município de Campinas, é uma doença de importância secundária, que ocorre no terço final do ciclo vegetativo da cultura do amendoim, sem apresentar muita gravidade.
Sintomas: Os sintomas de mancha barrenta aparecem somente nos folíolos. Iniciam-se como pequenas manchas pardas, de bordos difusos e irregulares, numerosas e esparsas sobre a superfície superior do limbo. Posteriormente, essas manchas coalescem tomando grandes áreas foliares e tornam-se visíveis também na superfície inferior. Em condições de alta umidade, pode-se notar, principalmente na superfície inferior do folíolo correspondendo à lesão, a presença de picnídios do fungo. Folíolos intensamente afetados parecem salpicados de barro, donde o nome da doença.
Controle: Embora a mancha barrenta não tenha grande importância até o momento, há necessidade de certa precaução, principalmente adotando-se aquelas medidas que reduzem o inóculo inicial, como rotação de culturas, incorporação de restos por aração profunda e destruição de plantas voluntárias. Quanto ao controle químico, os produtos utilizados para controle das cercosporioses têm mantido a mancha barrenta em níveis aceitáveis de ocorrência.
Descrição:
Este fungo foi descrito como Ascochyta arachidis Woron, passando posteriormente para Phoma arachidicola Marasas, Pauer & Boerema. No Brasil, a doença foi diagnosticada em 1960/61 no estado de São Paulo, mas também está presente na Argentina, Estados Unidos, Rodésia, Canadá, China e Austrália. A doença reduz a produção de vagens e interfere na área fotossintética dos folíolos. Entretanto, a cultivar mais utilizada para o cultivo do amendoim (Tatu, do grupo Valência) mostra certa resistência, assim, esta doença apresenta pouca gravidade, sendo considerada secundária para a cultura. Em condições de campo, não há relato de outras hospedeiras para esse fungo.