Echinochloa colona

Gramínea anual, ereta, entouceirada e que se desenvolve em todo o País, ocupando áreas de baixadas, onde os solos são saturados ou com pouca umidade. Vegeta isoladamente ou associada a outras espécies do mesmo gênero, ou ainda combinada com plantas que apresentam as mesmas exigências. Ocorre em áreas olerícolas com cultivo de batata e em áreas destinadas à fruticultura irrigada do Nordeste. Apresenta colmo adaptado para áreas encharcadas, ou seja, provido de aerênquima, com até 0,8 m de altura, cilíndrico, delgado, muito ramificado e com capacidade de emitir raízes nos nós basais. Folhas com bainha concrescida ao colmo, mostrando pequena fenda lateral, lígula nula, sendo substituída por um colar branco ou levemente rosado. Lâmina lanceolada, glabra nas duas faces e com a base arredondada e o ápice agudo, margens serrilhadas. Inflorescência do tipo panícula com longo eixo, onde cada ramificação do colmo termina por uma unidade. Panícula constituída por numerosas espigas achatadas, dispostas oblíqua ou perpendicularmente e inseridas de forma alternada, ou ainda associadas a espigas opostas ou verticiladas. As espigas portam espiguetas brancacentas, dispostas de forma aglomerada e helicoidal. A espécie pode ser identificada em campo por meio da panícula, que comporta uma associação de espigas inseridas de forma alternada, opostas e verticiladas num mesmo eixo. Fruto do tipo cariopse com pequeno apículo, o qual é a unidade de propagação.
Plantas invasoras bastante frequentes em solos úmidos. São hospedeiros de vírus do mosaico e de nematóides dos gêneros Meloidogyne e Pratylenchus. As plantas podem produzir até 40 mil sementes, sendo que as sementes permanecem viáveis por mais de 5 anos.

Espécie daninha típica de locais úmidos e alagados, por isso, é uma das mais sérias invasoras em culturas de arroz. Também é temida em plantações de juta. Por tolerar solos com pouca umidade, também aparece em algumas culturas de sequeiro, embora com menos importância, tais como: algodão, amendoim, arroz irrigado, arroz de sequeiro, café, feijão, fumo, mamona, mandioca, milho, pastagem, soja e sorgo. É considerada ainda, como hospedeira de alguns agentes patogênicos como o nematoide Meloidogyne incognita, o fungo Piricularia e os vírus da folha branca do arroz e do mosaico da cana. Fornece boa forragem, por ser apreciada por todo o gado e possuir a particularidade de desenvolver-se justamente nos meses em que diminuem ou faltam as forragens habituais. Apresentam sementes que são permitidas junto às sementes comercializadas dentro de certos limites máximos especificados por atos oficiais.

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