BIOVÉRO é um inseticida e acaricida microbiológico indicado para aplicação foliar para o controle Bemisia tabaci raça B, Tetranychus urticae, Dalbulus maidis, Sphenophorus levis, na aplicação em iscas “tipo telha” no controle de Cosmopolites sordidus e Hypothenemus hampei.
CULTURA | ALVOS BIOLÓGICOS | DOSE (P.C./HA) | ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO |
Em todas as culturas com ocorrência do alvo biológico. Produto com eficiência agronômica comprovada para as culturas da banana, cana-de-açúcar, café, milho, morango, pepino e soja | Bemisia tabaci raça B (mosca branca) | 0,75 kg/ha | Aplicação deve ser realizada com umidade relativa acima de 70%. Reaplicar em intervalo de 14 dias, e não devem ser efetuadas mais de que 4 aplicações por safra da cultura. |
Cosmopolites sordidus (moleque da bananeira) | 5 kg/ha ou 50 ml de pasta fúngica/isca | A aplicação deve ser realizada: 100 iscas do tipo “telha”/ha 50 ml de pasta fúngica/isca; 1x109 esporos/ml de pasta. Realizar 3 aplicações. | |
Tetranychus urticae (ácaro rajado) | 1 kg/100 litros de calda | A aplicação deve ser realizada em baixas infestações dapraga, com umidade relativa elevada, em seis pulverizações a cada 3 a 4 dias, com o jato dirigido para a face inferior das folhas. | |
Dalbulus maidis (cigarrinha do milho) | 8 kg/ha | Realizar mais de uma aplicação. | |
Sphenophorus levis (gorgulho-da- cana ou bicudo da cana- de-açúcar) | 7,2 kg/ha | A aplicação da calda deverá ser realizada em 70% no corte da soqueira (jato dirigido) e 30% sobre as plantas, com bico leque. Umidade relativa acima de 46%. Única aplicação após 1 mês da colheita da cultura, após constatada a presença de adultos da praga na área. | |
Hypothenemus hampei (broca-do-café) | Até 5000 plantas/ha: 2,5 x 1012 a 4,5 x 1012 conídios/ha | Iniciar as aplicações quando o resultado do monitoramento indicar nível de infestação entre 1 e 3,5% nos "focos" ou na área toda. Se o nível de infestação estiver em 3,5%, utilizar a maior dose indicada na faixa. Realizar três pulverizações com intervalo de 25 a 30 dias entre elas: a primeira deve ser direcionada à "saia" do cafeeiro; as demais devem ser em planta inteira, com boa cobertura dos frutos. Continuar com o monitoramento, mesmo depois da terceira aplicação; se os resultados indicarem que o nível máximo de infestação foi atingido, aplicar novamente. Aplicar no final da tarde com umidade relativa acima de 60% ou à noite; em dias nublados, com temperatura amena e umidade relativa acima de 70%, pode ser aplicado em qualquer horário. Em caso de ocorrência de chuva logo após a pulverização, é necessário reaplicar o produto. | |
Entre 5000 e 10.000 plantas/ha: 4,5 x 1012 a 6,5 x 1012 conídios/ha | |||
Entre 10.000 e 15.000 plantas/ha: 6,5 x 1012 a 8,5 x 1012 conídios/ha | |||
Entre 15.000 e 20.000 plantas/ha: 8,5 x 1012 a 1,0 x 1013 conídios/ha |
Banana: A aplicação deve ser realizada: 100 iscas do tipo “telha”/ha 50 ml de pasta fúngica/isca; 1x109 esporos/ml de pasta. Realizar 3 aplicações.
Café: A broca-do-café ataca tanto a espécie Coffea arabica (café arábica) quanto a espécie Coffea canephora (café robusta, conilon), mas lavouras formadas por esta última tendem a sofrer um ataque mais severo. Frutos remanescentes da safra anterior que ficaram aderidos às plantas ou caídos no solo servem como abrigo e para a multiplicação do inseto na entressafra, e são a principal fonte de infestação na nova safra. Por esta razão, as práticas de repasse e de varrição são fortemente recomendadas como parte das estratégias de manejo sustentável da broca.
Monitoramento do alvo biológico:
O monitoramento é fundamental para o manejo sustentável da broca-do-café e pode ser realizado da forma mais adequada à situação específica de cada produtor, embora o método de amostragem/contagem de frutos seja mais preciso. Quando feito de forma preventiva, o monitoramento torna possível identificar o "período de trânsito" das fêmeas fundadoras e, também, se o ataque da broca está ocorrendo de maneira uniforme na área ou se existem pontos de maior concentração ("focos"), com o objetivo de se direcionar as aplicações do fungo, caso o nível de controle seja atingido nessas áreas.
O início e a duração do monitoramento podem variar de um ano para o outro, sendo influenciados por fatores como a espécie e a cultivar de café, as variáveis climáticas, as características da lavoura e da região e a forma de cultivo (ex.: deve ser iniciado mais cedo em cultivares com maturação precoce dos frutos e estendido por mais tempo em cultivares com maturação tardia). A extensão do tempo de monitoramento também é necessária quando há parcelamento da florada, pois tal situação amplia o período com frutos em estágio compatível com o ataque da broca.
Para o monitoramento, recomenda-se: - dividir a lavoura em talhões homogêneos, considerando as cultivares, a idade das plantas, a localização dos talhões (ex.: no topo, baixada, próximo à mata, ao terreiro de secagem), a modalidade de plantio (ex.: convencional, adensado, sombreado), dentre outros aspectos relevantes em cada cultivo; - iniciá-lo a partir da ocorrência dos primeiros frutos em estágio "chumbinho" ou, no máximo, entre os estágios "chumbinho" e "chumbão" (os da primeira florada, mesmo que seja parcelada). . Os frutos "chumbinho" não são adequados à postura de ovos pela broca, mas o monitoramento preventivo nesta fase tem como objetivo identificar o início da infestação, quando a fêmea fundadora sai do fruto onde passou a entressafra e fica mais exposta e vulnerável à ação do fungo, já que os frutos "chumbinho" da nova safra ainda não estão em estágio ideal para a oviposição; - realizá-lo mensalmente até a colheita, mas caso seja observado um aumento no nível de infestação, realizá-lo com periodicidade quinzenal; - manter um registro ano a ano dos resultados para identificar talhões que, historicamente, apresentem uma infestação mais acentuada.
O nível de infestação tende a variar entre talhões com diferenças na incidência de luz solar, umidade e ventilação. Atenção especial deve ser dada também aos talhões: - com histórico de "focos" ou de altos níveis de infestação; - limítrofes com outras lavouras, sobretudo as abandonadas ou submetidas a podas sem destruição dos restos vegetais; - adjacentes ao terreiro de secagem e instalações de beneficiamento, pois as brocas deixam os frutos que estão secando e voam para infestar novos frutos próximos; - nos quais, por qualquer razão, haja maior dificuldade na aplicação do fungo e na realização de uma boa colheita (deixando-se muitos frutos nas plantas ou no solo). .
O nível de infestação para o controle com o agente microbiológico é de 1 a 3,5%.
Cultura | Praga | Nome Cientifico | Modo de Aplicação |
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Todas as culturas | Bemisia tabaci raça B | Mosca branca | Ver detalhes |
Efetuar as aplicações foliares de forma que possibilitem uma boa cobertura da parte aérea das plantas, sem causar escorrimento. Para a aplicação deve-se utilizar pulverizador costal ou de barra. Recomenda- se aplicar nas horas mais frescas do dia, preferencialmente no final da tarde. Evitar aplicação em condição de temperatura acima de 27º C ou na presença de ventos fortes (velocidade acima de 10 km/hora), bem como com umidade relativa do ar
abaixo de 70%.
A escolha dos equipamentos a serem utilizados para aplicação deste produto poderá sofrer alterações a critério do Engenheiro Agrônomo, tomando-se o cuidado de evitar sempre a formação de deriva e perdas do produto causadas por evaporação.
Intervalo de segurança não determinado devido à característica microbiológica do ingrediente ativo.
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPI) recomendados para o uso durante a aplicação.